Tudo o que Eu Sei Sobre o Amor, de Dolly Alderton.

“Quando estiver procurando o amor e parecer que nunca vai o encontrar, lembre-se de que você já deve ter muito amor à sua volta, talvez só não seja o amor romântico”.

Dolly Alderton é uma jornalista e escritora britânica, que teve o seu romance de estreia em 2018, intitulado como Tudo o que Eu Sei Sobre o Amor, o qual é o livro que irei falar hoje.

Tudo o que Eu Sei Sobre o Amor é uma autobiografia da autora misturada com um pouco de ficção. Neste livro, iremos ver Dolly relatando o final de sua adolescência e de sua vida como jovem adulta, vivendo de forma intensa os seus vinte e poucos anos. Uma das questões interessantes que ela traz no livro é dizer que chegar aos trinta anos é um grande feito para quem passa pelos vinte — o que eu concordo plenamente. Estou longe dos meus trinta anos, mas o início dos meus vinte tem sido intenso, e não sei dizer por quantos sentimentos diferentes já passei, então, realmente, chegar aos trinta será uma grande vitória.

Neste livro, vemos que Dolly fala muito sobre o amor romântico e tudo o que o envolve: suas experiências, sentimentos e todo o restante que o acompanha. Mas, em cada capítulo, também a vemos falando sobre suas amizades e como cada uma delas tem uma grande importância em sua trajetória de vida.

O livro nos traz diversas perspectivas sobre o que é viver nos vinte e poucos anos de vida, desde experiências desastrosas em diversos âmbitos — acadêmico, profissional e amoroso —, até tudo aquilo que nos faz suportar esses períodos enquanto estamos crescendo: a família e as amizades.

Além de experiências desastrosas, vemos muitas reflexões sobre as vivências de Dolly, sejam elas boas ou ruins — no final de cada ação, sempre há algo a se aprender e aproveitar como um conselho de vida.

É um bom livro para se ler enquanto se passa pela “crise dos 20”, e penso ser ainda melhor quando já se passou por essa fase. Ele nos oferece uma perspectiva sobre o que é crescer e como algumas situações nos fazem amadurecer, demonstrando exatamente o que é viver a vida.

E, na questão do amor, esse livro nos faz perceber que há muito além do amor romântico — e que ele não é, nem de longe, o pilar essencial da vida enquanto estamos crescendo. Alderton traz a reflexão de que focamos muito no amor romântico e mal percebemos que estamos rodeados de amor, seja dos nossos amigos, seja dos nossos familiares. A autora ainda pontua que sempre haverá tempo para viver um bom amor romântico, sem que precisemos nos auto sabotar e viver um relacionamento com a primeira pessoa que demonstre um mínimo de afeto por nós.

Recomendo esse livro a todos que estão passando por essa crise — e também aos que já passaram. É uma ótima leitura para os momentos de pausa em uma vida e cotidiano corrido. A autora nos ajuda a refletir sobre muitas questões e emoções em nossas próprias vidas e, por vezes, nos faz sentir compreendidos — como aconteceu comigo.

Finalizo esta resenha com a seguinte frase da autora:

“Quase tudo o que eu sei sobre o amor, aprendi com minhas amizades duradouras com mulheres”.

Abaixo, deixo as referências do livro e da edição que utilizei para fazer esta resenha:

Data de publicação: 15 de janeiro de 2018.

Editora: intrínseca.

Quantidade de páginas: 384.

Gênero: autobiografia e romance.

Avaliação: 4/5.

Até a próxima!

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