Os tipos de fantasia
Você já deve ter tido contato com livros e histórias de fantasia, eu por exemplo, sou uma consumidora assídua do gênero, mas tem momentos que acho difícil encontrar um livro que tenha o estilo que quero no momento. É aí que se torna interessante nós conhecermos o gênero que lemos, assim, além de expandir seu campo de conhecimento, vai ficar muito mais fácil de filtrar livros que são ou não o que você procura.
Lloyd Alexander foi quem criou o termo Alta Fantasia, em seu ensaio de 1971 chamado “High Fantasy and Heroic Romance”. Ele foi um escritor norte americano, que além de trabalhar como tradutor de obras em francês, decidiu ingressar na escrita de livros fantásticos para o público juvenil. Porém em minhas pesquisas, não achei quem nomeou a ideia de Baixa Fantasia, acredito que tenha sido algo que surgiu naturalmente, sendo o contraponto do termo já criado.
Indo direto ao ponto, a Alta Fantasia se destaca por um universo completamente inventado, que se distancia do nosso, podendo até ter elementos que nos remetem a culturas, ou padrões sociais, porém o local, aquele mundo se distancia do que sabemos ser real.
Grande exemplo de escritor de Alta Fantasia é o Brandon Sanderson, seus universos possuem semelhanças culturais com o nosso, porém as diferenças se destacam mais. Outro exemplo é o Tolkien, a Terra Média é um local totalmente inventado, sem conexões com a nossa Terra, tendo uma enorme presença de seres mágicos e mitológicos, desde plantas que andam e falam até homens que se transformam em ursos.

Se um é um mundo sem conexões com a realidade, o outro se utiliza dela para trabalhar pontos mágicos. Aqui a magia é algo presente no nosso mundo, muitas vezes de acesso a poucas pessoas, trazendo aquela sensação que pode sim ser real, nós só não fomos privilegiados o suficiente, como por exemplo, aquela ideia de receber sua carta de hogwarts, ir para o acampamento meio sangue, ou adentrar em uma floresta e lá descobrir seres mágicos escondidos entre a mata.
Claro que, como tudo dentro da área de humanas, a regra nem sempre é seguida de forma rígida, existem histórias que transitam entre esses universos, tendo conexões entre os mundos, assim chamada por algumas pessoas de Média Fantasia, outras apenas definem com base de onde é o ponto principal da história, na nossa, ou em outra realidade.

Um bom exemplo é Nárnia, ela mantém um pé no mundo real, porém é predominantemente passada no mundo fictício de Nárnia. Outro que podemos considerar é O Príncipe Cruel, as protagonistas são roubadas do nosso mundo, para viver em um lugar onde as regras e tudo que elas conhecem são absurdamente diferentes.
Esses termos não são nenhuma lei, existem para nos ajudar a compreender o que estamos lendo, e a definir em que parte essa história se encaixa dentro desse oceano abundante que é a literatura, onde a única coisa que impede que algo aconteça é a imaginação do autor.
Comentem indicações de livros dentro de cada categoria, e qual vocês mais se conectam!
Até o próximo post!!!
