No meu último post falei um pouco sobre como o inverno é usado na representação narrativa, hoje o assunto seguirá praticamente essa mesma ideia, mas se aprofundado em seu lado mais sombrio… a morte.
Morte é um tema que nunca deixa de ser interessante, está cravado em qualquer ser vivo e é algo que não conseguimos entender completamente.
Mas, como uma estação do ano se encaixa com essa parte do ciclo da vida?
Começando com a parte histórica, onde esse período causava (e ainda causa) muitas mortes, seja por conta da falta de comida, do frio extremo ou, dependendo do lugar, as toneladas de neve que afundam qualquer um que ouse cruzar seu caminho.
Com o passar dos anos uma coisa se juntou com a outra e foram criando novas histórias e representações, na arte por exemplo temos “Inverno” – Giuseppe Arcimboldo (1573) e “Death of the Grave Digger” (A Morte do Coveiro) – Carlos Schwabe (1895).


Pulando mais -vários- anos, temos a estréia de um filme que ia marcar diversas pessoas “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, temos a Feiticeira Branca, que levou para Nárnia o inverno eterno, entre seus simbolismos temos: a morte da esperança e fim do ciclo da vida “É sempre inverno, mas nunca chega o Natal.”, indicando que a alegria e as boas novas nunca chega.
Além disso, essa Estação em certas culturas e releituras recebe uma personificação, para os nórdicos e slavos possui a forma de um lobo, o que acaba lembrando o Lobo de Gato de Botas 2. Mesmo que esse personagem não seja um animal nativo de alguma região Nórdica, e muito menos vive em regiões que nevam, ele ainda possui uma conexão com o inverno simbólico e -obviamente- a morte.
Por último, quero fazer uma menção honrosa. Ganhei de aniversário o livro Um Conto de Natal Edição Ilustrada, sempre amei essa história e o livro é super detalhado, mas vou destacar a representação do Natal Futuro que se assemelha muito a um abutre, com um aspecto sombrio e utilizando uma capa que se assemelha com a figura de um ceifador. Para quem não se lembra desse conto, cada espírito representa um natal (presente, passado e futuro), mas esse último mostra uma visão de morte, frio, solidão e culpa, assim como a figura do abutre que -assim como a morte- fica rondando esperando o momento certo de agir.



Esse foi um tema um pouco mais sombrio, porém é um assunto que sempre tem muito a se menta e encaixa com uma das várias camadas que o inverno nos proporciona.
Ficamos por aqui! Até o próximo post.