A capacidade de um autor de resolver conflitos com magia é DIRETAMENTE PROPORCIONAL ao quão bem o leitor entende essa magia.
Significa nada mais que consistência e coerência entre o ambiente que já foi apresentado, e a magia que será desenvolvida, ou seja, o que o autor quer transmitir para seus leitores? Um ambiente mais fantástico, onde a graça é apresentar novas magias para solucionar algum problema? Ou quem sabe algo que foque muito mais no “como podemos resolver essa situação com o que temos?”.
Um leitor que passou 90% do livro sendo exposto a um sistema de magia pesado, ao chegar nos últimos 10%, a história se desenvolve graças a um deus ou poder superior, acaba quebrando toda a coerência que havia sido apresentada anteriormente, atrapalhando a experiência de leitura.
A mesma coisa vale para o contrário, se toda a narrativa está sendo forjada em torno de um sistema leve, e de repente o universo começa a ganhar leis e restrições que não haviam sido anteriormente apresentadas, destoa da proposta original da história.
Esses detalhes passam a sensação que nem o próprio autor sabe o que ele está escrevendo, se resumindo em uma construção fraca e confusa. Se nem o escritor sabe a proposta da sua história? Como o leitor conseguirá aproveitar, e principalmente entender a narrativa?
Com certeza, todos nós já passamos por alguma história -mesmo que não seja um livro- onde os conflitos eram mal resolvidos, do absoluto nada o personagem recebia algum tipo de ajuda divina para auxiliar no combate, acabando com qualquer sentimento de urgência e perigo que os leitores estivessem sentindo. Prejudicando a imersão e o sentimento de quem aprecia a obra.
Essa lei é mais curtinha, já que se associa muito com os sistemas de magia abordados anteriormente, mas ela não deixa de ter sua importância na construção narrativa.
Espero que tenham gostado, e compartilhem histórias em que vocês perceberam que tem um bom uso dessa lei. Até a próxima!!